"Parece que a natureza tratou severamente a cotovia.
A disposição das suas unhas não lhe permite empoleirar-se nas árvores. Faz o ninho quase rente à pobre lebre,tendo por único abrigo o rego da terra.
Que vida precária e sobressaltada a sua, no período do choco! quantos cuidados, quantas inquietações!
Apenas uma mão cheia de relva oculta ao cão, ao milhafre e ao falcão, o doce tesouro desta mãe. [...]
Duas coisas a sustentam e animam: a luz e o amor.
Ama metade do ano. [...] Mas, quando o amor lhe falta, fica-lhe a luz - e a luz reanima-a. O menor raio de luz basta para lhe restituir o canto."
MICHELET, Os Pássaros
catálogo COTOVIA
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