23.4.08

Uma questão de fé!

No ano de 303, em Roma, o Imperador regente é Diocleciano.
Nos entretantos desta regência o Imperador diz querer por fim a todos os cristãos!
Jorge, Conde de Capadócia, protesta, dizendo que Jesus Cristo é a verdade e os Deuses pagãos são falsos. E que ele está ali, entre a corte romana, para dar testemunho da verdade de Jesus Cristo!

O Imperador Diocleciano imediatamente o manda torturar até que S. Jorge renegue à verdade de Jesus Cristo.
Ao longo destas torturas, S. Jorge permanece com a sua fé inabalável, e esta força, ganha crescente notariedade em Roma.
A 23 de Abril, S. Jorge é degolado a mando do Imperador Diocleciano.
O seu corpo desaparece mas a sua verdade ganha força.
Mais tarde, em Roma, o Imperador Cristão Constantino, manda erguer um santuário para a devoção a S. Jorge.
A partir de então S. Jorge ganha devotos por todo o mundo, altares, santuários e festas em sua honra.
Hoje, dia 23 de Abril, é dia de Jorge de Capadócia





Na Catalunha. Os Cavaleiros oferecem às Damas uma rosa de S. Jorge. As Damas, retribuem com livros.
Assim se celebra a verdade de S. Jorge , com a alegria da primavera e renascimento cultural!
Incrivelmente no ano de 1616 a 23 de Abril, morrem, Miguel de Cervantes e William Shakespeare.



Em 1996, por decisão da UNESCO o dia 23 de Abril, passa a ser celebrado como dia Mundial do Livro.
Agora, hoje, dia 23, é para ser celebrado com rosas, livros, literatura, alegria e verdade!

19.4.08

À TERCEIRA É DE VEZ...

PRESENÇA DE
JÚLIO MAGALHÃES
Devido à necessidade de garantir a cobertura jornalística que envolve esta tarde, o autor de "Os Retornados - Um amor nunca se esquece" estará impossibilitado de estar presente na sessão de autógrafos. Estando, no entanto, garantida a sua presença às 22h de hoje, Sábado dia 19 de Abril.

15.4.08

intelecto de fósforo...

Shakespeare em caixa no Museu dos Fósforos em Tomar
e a 26 de abril
A Tempestade de Shakespeare em Constância
pela companhia de teatro Fatias de cá





Já a pensar no dia 23...


14.4.08

Alice

Existem certos momentos
em certos dias
em que certas personagens
de certos livros
certamente importantes
entram pela porta dentro e não mais querem sair.

A Alice,

anda por aí... entre portas,
do mundo contemporâneo.
e por momentos já sem saber está,
quem saiu ou entrou,
do país das maravilhas.


Espelho meu! Espelho meu!
Quantas portas tenho eu?

... ... ... ... ... ... ... ... ... ...





ALICE ACTRIZ

Olha, Alice,
Diz-lhes que és uma actriz
Que em si mesma se disfarça
Em tudo o que é
E nunca é
Porque o que importa
Fica para sempre escondido
No útero da alma
Donde jamais sairá
A não ser em sonhos
Em que vós
Cheios de crueldade e malícia
Jamais participareis

ALICE NO PAÍS DOS ANÕES
A NEO-PENÉLOPE
Ana Hatherly
& etc



Ana Hatherly nasceu em 1929 na cidade do Porto, vive e trabalha em Lisboa.
Poeta, pintora, cineasta, ensaísta, iniciou a sua carreira literária e artística em finais dos anos 50.
No início dos anos 60 aderiu ao movimento da Poesia Experimental Portuguesa.
Em 2008 Ana Hatherly completa meio século de vida literária.

... ... ... ... ... ... ... ...




Anna Gaskell, Fotógrafa.
Nasceu em 1969 no Iowa USA
Desenvolve uma série de trabalhos de cariz ficcional e dramático.
Wonder and Override são duas séries fotográficas com reminescências em Alice no país das maravilhas de Lewis Carrol.

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- in the backseat - fecha o 1º album dos Arcade Fire - Funeral.julgo que aqui, a Alice, já não é a de Lewis Carrol.Mesmo assim, fica a música,a letra,e a excelente performance de todos estes senhores.

sem mais palavras escritas,o video.






Abril por cá


4.4.08

O dia internacional do livro infantil

em texto

capa!
contra-capa!
lombada!
e lá dentro... o que há?!

Pergunta a Filipa, no dia 2 de abril, logo pela manhã, a um grupo de meninos e meninas, atarefados com sentidos e experiências.

bonecos!
folhas!
desenhos!
letras!

respondem os ilustres convidados!


O segundo grupo entra, logo aparece o Pedro, que rapidamente se senta.
à volta dele, chapéus amarelos e azuis, pequeninos.
Por baixo dos chapéus olhos curiosos, ouvidos sintonizados!
A história começa!

Já pela tarde,

A mesa vermelha do Ikea é estação de serviço para quem quer pintar a cara.
A Alexandra tem tudo pronto, esponjas, tintas, pincéis.
E o sorriso na cara, que todos eles gostam de ver!

E a verdade é que sorrimos todos!
A Filipa pela manhã, o Pedro por todo o dia, a Alexandra pela tarde.
Os convidados sorriram também,
Os livros devem ter tido cócegas de tanta felicidade!

A rapariga do avental sorri ainda, por ter visto tudo, e por agora poder escrever sobre isso.
A livraria, essa, anda de sorriso desde que é azul!
Parece agora que está mais iluminada.
E ainda sussurra de vez em quando,

que bom dia foi...!
estou certa de que virão mais!

obrigada aos meninos e meninas, e às senhoras e professoras que com eles fizeram a viagem até cá.
obrigada também à Filipa, ao Pedro e à Alexandra.

diz ainda a jovem caneta azul!

em imagens







3.4.08

numa tarde de muito calor como esta...

experimentem ir até um sítio público com muita relva(devem estar cheios por estas horas),
levem no mp3 esta música!




depois corram sem destino, saltem como se quisessem apanhar a laranja do princo da árvore!
subam às árvores!
se existirem fontes ou aquelas coisas de pedra ou mármore ou outro qualquer material, que permitem verdadeiras festas molhadas, não hesitem!

depois de fazerem uma grande e exuberante figura primaveril e alienada...

FUJAM PARA CASA!
e leiam... leiam MUITO! leiam MESMO MUITO!




2.4.08

nova data para sessão de autógrafos

Para o próximo dia 5 de abril estava já assinalada a visita de Júlio Magalhães o autor de "Os Retornados",
escrevo - estava - porque será impossível para o autor estar presente a dia 5.
Para quem continue interessado em ouvir e ver o autor, uma nova data é lançada, e esta sim, é oficial.

Dia 19 de Abril, das 15h às 17H , também um sábado.

Esta é uma nova rúbrica II


No livro - Lendas - de Gustavo Adolfo Bécquer, editado em portugal pela Assírio e Alvim,o prefácio de José Domingos Morais, começa assim:


" Gustavo Adolfo Bécquer, figura sem par no romantismo castelhano, nasceu em Sevilha a 17 de Fevereiro de 1836."


[...]


"...o gosto romântico pela ressurreição do passado e a técnica gótica de fazer reviver os mortos animando as pedras que os perpetuam em estátua, é dobrado pelo delírio de fazer com que os vivos adquiram a eternidade da pedra."

_ _ _ ________

A Mulher de Pedra

(fragmento)

Eu tenho uma particular predilecção por tudo aquilo que o contacto ou o juízo da multidão indiferente pode tornar vulgar. Se eu pintasse paisagens, pintá-las-ia sem figuras. Gosto das ideias peregrinas que resvalam sem deixar rasto pela inteligência dos homens positivistas, como uma gota de água num tabuleiro de mármore.

Nas cidades que visito procuro ruas estreitas e solitárias; nos edifícios que visito, os recantos obscuros e os cantos dos pátios interiores, onde cresce a erva e a humidade enriquece com as suas manchas de cor esverdeada a requeimada tinta das paredes; nas mulheres que me causam impressão, algo de misterioso que julgo ver reduzir confusamente no fundo das suas pupilas como resplendor incerto de um luzeiro que arde ignorado no santuário do seu coração, sem que ninguém suspeite da sua existência; até nas flores de um mesmo arbusto creio encontrar algo de mais recatado e excitante naquela que se esconde entre as folhas e, aí oculta, expande o seu perfume pelo ar sem que a profanem os olhares. Em tudo isso eu encontro algo da virgindade dos sentimentos e das coisas.

[...]

in Lendas

Gustavo Adolfo Bécquer

Assírio e Alvim



Numa famosa rua de Madrid pode ler-se,
Gustavo Adolfo Bécquer.

JÚLIO MAGALHÃES


Júlio Magalhães é um dos rostos mais conhecidos do jornalismo português. Responsável pela TVI Porto, é editor e pivot dos telejornais da estação ao fim-de-semana.

Nascido no Porto a 7 de Fevereiro de 1963, foi para Angola com sete meses, tendo vivido um ano em Luanda e doze em Sá da Bandeira (Lubango). Em 1975 regressou para Portugal, mais precisamente, para a cidade do Porto.

Aos dezasseis anos, iniciou a sua carreira como colaborador de O Comércio do PortoEuropeu, no semanário O Liberal, na Rádio Nova e, em 1990, estreou-se na RTP onde, para além de jornalista e repórter, apresentou o programa da manhã e o Jornal da Tarde. na área do desporto. Dois anos mais tarde integrava os quadros do mesmo jornal. Trabalhou ainda no jornal

A Livraria Caneta Azul vai receber Júlio Magalhães no próximo Sábado, dia 5 de Abril. O conhecido pivot da TVI, irá estar apartir da 15h para apresentar a sua recente obra "Os Retornados" e estará disponível para a habitual sessão de autógrafos.

Fica o convite!

1.4.08

Março descrito

é tudo verdade mas poderia ser tudo mentira

em texto

Dois homens entram numa livraria, por enquanto não procuram livros.
A rapariga do avental desce as escadas e cumprimenta-os.
Numa girândola de meias palavras tenta dizer-lhes o que pretende.
Os dois homens crêem ser possível.
Entre duas pequenas mesas está a rapariga que fala com os dois homens, entre essas duas pequenas mesas passa um outro homem que entra.


A 7 de Março, cruzam-se na livraria, Valter Hugo Mãe, Paulo Ramos e Thierry Cardoso.


A 7 de Março,

Valter Hugo Mãe empurra uma mesa maior para trás e tenta, no pequeno puff, encontrar um jeito confortável de estar.
Ao lado, a Rita, ruborizada, faz as honras da casa, lê um pouco de "o remorso de baltazar serapião".
E a noite segue, pelas palavras do Valter,
que nos passeia os ouvidos pela vida de baltazar - por todos os nós de marinheiro que tão estranhamente resultam - e no regresso ainda visitamos as personagens do próximo livro.
A noite termina e julga-se ter a sensação de que algo começou.


Obrigada Valter Hugo Mãe

_ _


A 29 de Março,
o rapaz das projecções é Mário Rui,
é também ele membro do colectivo POEMAS DO CONTRA.
E junto com Pedro Cação na bateria, Carlos Canão no baixo, Thierry Cardoso na guitarra e Paulo Ramos na arte performativa de interpretação e declamação, levou-nos a passear por ruas íngremes de poesia.
A meia-luz, leram-se títulos de livros de poesia.
A meia-luz encostámo-nos aos livros e ficámos a ouvi-los.
A meia-luz, descobrimos o que de bom se pode fazer por cá.


Obrigada Poemas do Contra.

em imagens