31.7.08

Para as tão esperadas férias

Se ainda não conseguiu encontrar a companhia ideal para as suas férias, a CANETA AZUL sugere:

"Uma Abelha na Chuva" de Carlos de Oliveira
Retrato social típico de um país isolado e pobre, vítima de uma ideologia totalitária. «Um universo rural imobilista e opressivo, quebrado por ausências, desencontros ou silêncios, incidindo sobre um casal – Maria dos Prazeres, Álvaro Silvestre. Relação conjugal de compromisso, que é estilhaçada pelo conflito latente das paixões, fraquezas e desejos recalcados


"Uma História Interminável" de Michel Ende
A História Interminável é uma singular fantasia épica com todos os requisitos do género: criaturas fantásticas, paisagens exóticas, florestas sombrias, encantamentos, rituais de cavalaria, espadas e amuletos, uma imperatriz Criança e tudo aquilo que possamos imaginar, visto que Fantasia é o próprio mundo da Imaginação. Tudo começa quando Bastian descobre um estranho livro numa não menos estranha livraria e se sente subitamente compelido a roubá-lo como se algo de mágico o estivesse a arrastar para uma perigosa aventura. Uma obra que passou ao grande ecrã como um filme de culto.


"o apocalipse dos trabalhadores" Valter Hugo Mãe
"o apocalipse dos trabalhadores é um retrato do nosso tempo, feito da precariedade e dessa esperança difícil. um retrato desenhado através de duas mulheres-a-dias, um reformado e um jovem ucraniano que reflectem sobre os caminhos sinuosos do engenho e da vontade humana num portugal com cada vez mais imigrantes e sobre a forma como isso parece perturbar a sociedade."

"ISTAMBUL - Memórias de uma cidade" Orhan Pamuk
O que significa nascer num determinado lugar do mundo e em determinado momento da História? Pamuk reflecte sobre esta questão que para ele se reveste de importância fundamental, ciente de que nela se oculta a misteriosa alquimia entre a formação da sua própria personalidade e a cidade onde sempre viveu. O autor progride de forma mais ou menos cronológica desde os anos da infância até à entrada na Universidade, culminando na sua decisão de se tornar escritor. Tudo isto acontece sobre o fundo sempre presente da cidade, que Pamuk constantemente percorre e explora. Ao longo das páginas de Istambul encontramos também um admirável acervo de fotografias a preto e branco – a captar a dispersão da luz no meio das sombras por entre ruínas e esplendorosos monumentos do tempo do Império Otomano.

1 comentário:

Nuno Pereira disse...

Tive a oportunidade de ler Pamuk em "Vida Nova" e "O meu nome é vermelho" e são efectivamente duas obras literárias excepcionais. Considero que Oran recorre a uma forma de escrita nada comum, é extremamente intensa e violenta, quase que diria que ele reinventou um estilo muito pessoal. É efectivamente curiosa a forma com ele liga "dois mundos, duas culturas". É turco e nota-se.